| 19/02/2002 07h58min
A Justiça Federal de Tocantins vai abrir processo criminal contra o ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e mais 10 pessoas suspeitas de envolvimento em fraudes na extinta Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). O juiz da 2ª Vara Federal, Alderico Rocha Santos, deverá acatar a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) feita contra Jader, que deve depor no início de março.
Segundo fontes da Justiça Federal, o fato de Santos ter decretado a prisão preventiva de Jader e de outras 10 pessoas confirma a convicção do magistrado de que houve crime. Santos começa esta semana a analisar a denúncia encaminhada pelo MPF e todo o inquérito sobre os desvios da Sudam, reunido hoje em nove caixas de papelão. Até a próxima semana, a decisão deverá ser dada, e os denunciados devem começar a depor já na primeira quinzena de março.
Jader poderá ser ouvido em Tocantins, já que, conforme uma jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), acusados com poder econômico maior devem ser interrogados no local onde corre o processo. O caso Sudam começou a ser investigado em Palmas, em 1999. Além de Jader, Vasconcelos e Tourinho, devem ser processados inicialmente a contadora Maria Auxiliadora Barra Martins, que intermediava a liberação de verbas da Sudam, o também intermediador, Geraldo Pinto da Silva, os irmãos Romildo Onofre, Sebastião e José Soares Sobrinho, aliados políticos de Jader em Altamira (PA), acusados de fraudes em empreendimentos com recursos obtidos junto ao Fundo de Investimento da Amazônia (Finam).
Outro incriminado deve ser o agiota Regivaldo Pereira Galvão e o empresário José Osmar Borges, ex-sócio de Jader em uma fazenda no Pará, também acusado de prática de fraudes com dinheiro público.
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